Crítica | Dominação (2016)

Criança com lar desfeito e problemas de socialização é possuída por entidade do mal. Este mote já foi visto e trabalhado infinitas vezes no cinema de terror, de forma inesgotável. Só para citar alguns filmes recentes onde essa situação se faz presente, temos Invocação do Mal 2 e Ouija: A Origem do Mal.

Dominação, porém, é um filme que não chega com força para garantir uma continuação, pois não apresenta uma história consistente o suficiente para se estabelecer nessa gama de franquias de terror, embora tenha sido produzida pela Blumhouse Productions, produtora que se estabeleceu no mercado justamente por consolidar franquias como Atividade Paranormal e Sobrenatural.

A trama começa bastante objetiva, mostrando o garoto Cameron (David Mazouz, de Gotham) sendo tomado por uma entidade do mal. Entra em cena a figura de Dr. Ember (Aaron Eckhart), um homem amargurado que possui a habilidade de se conectar à mente de pessoas possuídas por entidades malignas e usa esse dom para expulsar esses seres do mal do corpo das pessoas.

David Mazouz é Cameron no filme ‘Dominação’

Apesar dessa premissa de imersão na mente ser muito interessante e render as melhores cenas do filme, lembrando até um pouco a definição de sonho apresentada em A Origem (2010), a história não busca se aprofundar neste aspecto. Com um roteiro bastante simplório que transita entre O Exorcista (1973), Possuídos (1998) e Supernatural (2005 – ) , o filme limita-se a exibir os acontecimentos de forma fluída, entrega tudo de maneira muito fácil e não cria nenhuma atmosfera de tensão para prender o espectador.

A direção de Brad Peyton (Terremoto: Falha de San Andreas) é fraca, fazendo as atuações de Aaron Eckhart (Batman: O Cavaleiro das Trevas), Carice Van Houten (A Espiã) e Catalina Sandina Moreno (Maria Cheia de Graça) parecerem pasteurizadas, mesmo se tratando de atores que já mostraram um bom potencial dramático em outros trabalhos.

Aaron Eckhart é Dr. Ember, que entra na mente das pessoas para expulsar demônios.

Com um final que deixa uma ponta solta para uma possível continuação, Dominação mostra-se um título despretensioso a ponto de se assumir sem originalidade e ambição para se firmar no hall das franquias desse gênero.

Nota: 5

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