As Trilogias do Cinema – O Senhor dos Anéis: Parte II

 

A grandiosidade do universo criado por Tolkien traduzida não só em uma batalha épica, mas, também, na realidade digital trazida pela motion capture.

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Muito se falou após a chegada de A Sociedade do Anel aos cinemas, especialmente quanto à qualidade técnica inovadora exposta por um tema já abordado anteriormente: a técnica de captação digital de movimentos ou mocap (Motion Capture). Contudo, o que ninguém esperava era que caberia a um ator desempenhar um dos papéis mais importantes da saga, o do esquivo Gollum. E qual a relação disso com a mocap? Para o capítulo central da saga do anel, a mocap significou TUDO!

O belíssimo discurso de Saruman (Christopher Lee) no início do filme (ao falar da união das duas torres) vincula-se, obviamente, ao subtítulo do longa, mas, do decorrer dele até a sua conclusão, reparamos que Gollum é o centro das atenções nesta produção – e muito disso por força da mocap. Chama atenção a realidade digital aqui exposta. Em outras épocas, Gollum seria colocado em cena sob grande influência de maquiagens.

Para termos uma ideia do que isso causou no meio cinematográfico, chegou a ser ventilada na crítica a possibilidade de termos Andy Serkis (o homem que deu vida a criatura) entre os possíveis indicados aos prêmios de atuação de 2003, tamanha foi realista o seu desempenho. O que não vingou, mas deixou uma marca incontestável.

Mas se As Duas Torres é admirável pelo que foi citado anteriormente, a batalha épica do Abismo de Helm JAMAIS pode ser esquecida! Por si só, ela se tornou outro elemento extremamente admirado na produção. É sabido que o filme tem seus problemas na montagem (especialmente nas cenas de indecisões dos Ents, que quebra o alucinante ritmo da guerra central), mas o fato de negar que a batalha final faz qualquer problema anterior sumir seria irresponsável.

Outro resultado não seria possível, dada à direção perfeccionista de Jackson. Então, foco na Batalha do Abismo de Helm! A produção demorou nada mais, nada menos do que 3 meses para concluí-la (fora o trabalho de pós-produção). Muito disso se deu pelo fato de ela se passar na madrugada chuvosa no país de Rohan – e falando em Rohan, outro quesito que causa admiração no filme é mostrar essa civilização, a qual tem como parâmetro as “nossas” civilizações medievais europeias: guerreiros que andam a cavalo, lutam por suas terras e honram o seu Rei, o que se confirma com a chegada de Elmer e Gandalf  “ao raiar do quinto dia”, após olharmos para o leste.

O segundo capítulo também veio para preparar o retorno do Rei Aragorn (Viggo Mortensen). Sua bravura no Abismo de Helm levou os homens de Rohan, incluindo o seu Rei Theoden (Bernard Hill) a segui-lo, mesmo sendo herdeiro do trono do Reino de Gondor.

As Duas Torres foi a experiência cinematográfica in loco mais louca que eu já tive na vida. Fãs subiam nas poltronas ao verem Legolas escorregar escada abaixo montado num escudo élfico, gritos de empolgação eram ouvidos do lado de fora da sala de cinema e, ao final, o que ficou na cabeça desses fãs foi: o que ainda está por vir? A verdade é que aquele capítulo era apenas uma introdução para a maior batalha que o cinema já viu.

“A Batalha do Abismo de Helm acabou, mas a batalha pela Terra Média está para começar.” E é com as palavras de Gandal, o Branco (Ian McKellen), que eu me despeço. Nos vemos em nossa parte derradeira sobre a saga do anel.

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