Crítica | David Gilmour – Live at Pompeii (2017)

 

Em 1971, a banda de rock progressivo Pink Floyd realizou um histórico show no anfiteatro de Pompéia, sendo os primeiros a se apresentarem desde a última batalha travada entre  gladiadores. David Gilmour ex-vocalista/guitarrista do Pink Floyd retorna 45 anos depois aos pés do Vesúvio para mostrar que o tempo é relativo, pois entre passado, presente e futuro, sua música está e continuará tão firme quanto a estrutura milenar do anfiteatro.

David Gilmour e o brasileiro João de Mello na passagem de som.

 Para fazer jus ao gênero composto “filme-concerto”, um breve documentário de tom  descompromissado nos conta um pouco do histórico show de 71, e nos mostra os bastidores do que está prestes a começar. Sem mais delongas, gentilmente somos levados para dentro da arena e por ininterruptas duas horas musicais, somos agraciados com a melodia transcendental e a voz amadurecida de Gilmour. O Diretor Gavin Elder entende bem a harmonia da guitarra de seu frontman: Cria imagens contemplativas e uma edição sóbria que somada ao competentíssimo trabalho de iluminação, culmina em um espetáculo de encher os olhos.         

 Aos 71 anos, o guitarrista parece ter envelhecido musicalmente tão bem quanto o melhor vinho de Baco, visto que cada nota soa de forma orgânica, chegando em seu ápice toda vez que um clássico do Pink Floyd é tocado, como a força sonora de “high hopes” facilmente lhe deixará arrepiado ou quando um coral formado por todas as vozes ali presentes transformam “wish you were here”  uma verdadeira ode aos Deuses.      

Anfiteatro de pompeia durante o show.

 Com apresentação única marcada para 13 de setembro, “Live at Pompeii” é para o fã de David Gilmour, Pink Floyd, rock’n roll e para o apreciador de boa música, se você se enquadra em algum desses quesitos, eis minhas sugestões: Escolha seu lugar com carinho; Não seja egoísta, compartilhe, convide alguém para ir com você; Não beba muito líquido antes de começar, uma vez que cada minuto usado para ir no banheiro não tem volta; Não seja tímido como eu, cante alto, sem medo de ser feliz.

Nota: 10

Assista ao trailer:

 

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